No dia 8 de novembro, simultaneamente à FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2018 – Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia, será realizada mais uma edição do Painel Aeroespacial, um seminário técnico que tem o objetivo de mostrar as novas tecnologias disponíveis para a fabricação de aeronaves.
Empresas nacionais e internacionais estarão no evento, a fim de detalhar os avanços oferecidos para a manufatura de peças em composites e plásticos de engenharia para o setor aeroespacial. Cerca de 7 palestras mostrarão importantes desenvolvimentos.
O Painel Aeroespacial, em sua décima primeira edição, é um evento direcionado a engenheiros, projetistas, profissionais de manutenção e fabricantes de peças para o setor aeroespacial. Representantes de instituições governamentais, pesquisa e universidades são convidados para o evento
Tanila Faria, da Embraer, fará uma apresentação na décima primeira edição da Painel Aeroespacial. Nesta apresentação, Visão Geral de Colagem Estrutural ( Structural bonding overview), Tanila mostrará uma visão geral para iniciantes sobre a tecnologia de colagem. Esta técnica consiste na união de dois ou mais componentes, com utilização de uma variedade de processos inter-relacionados, que envolvem desde as propriedades do adesivo, dos materiais de substrato, das tensões e cargas na junta, até os cuidados com a limpeza dos substratos a serem colados.
Tanila Faria é Engenheira de pesquisa e desenvolvimento de Materiais Compósitos da Embraer, graduada em Engenharia Mecânica e mestre em Engenharia Mecânica com ênfase em Materiais Cerâmicos, pela UnB. Tem MBA na Fundação Getúlio Vargas e doutorado em andamento em Engenharia Mecânica com ênfase em materiais compósitos na UNESP de Guaratinguetá. É membro do Grupo de Colagem estrutural do CMH17.
Winand Kok, director de serviços especiais da TenCate Advanced Composites - uma empresa Toray, fará a apresentação “Como a colaboração na cadeia de suprimento pode acelerar a adoção das aplicações de composites termoplásticos no setor aeroespacial”, durante a décima primeira edição do Painel Aeroespacial, no dia 8 de novembro.
Aplicações de composites termoplásticos OEMs proporcionam redução de custos de cerca de 30% e assegura alta build-rate upkeep. Como estas novas oportunidades vêm com novos desafios, é muito importante se atentar ao desenvolvimento da especialidade do material, ferramentas e capabilidades da produção. Aqui a colaboração da cadeia de suprimento é pré-requisito chave para a implementação, com sucesso, de aplicações de composites termoplásticos no setor aeroespacial.
A recém-lançada Iniciativa São Paulo em Pesquisas de Composites Termoplásticos (SPIRIT - São Paulo Initiative on Research into Thermoplastic Composites), uma cooperação entre a Embraer, Alltec, ITA, IAE, UNESP, LEL IPT e TenCate Advanced Composites, é o principal exemplo para a indústria aeroespacial brasileira poder acelerar a adoção de composites termoplásticos em aeronaves através de inteligentes colaborações locais e globais.
Winand Kok tem mais de 20 anos de atuação em composites termoplásticos para aplicações aeroespaciais. Em sua função como diretor de serviços especiais da TenCate Advanced Composites – uma empresa Toray, Winand foca na implementação de sucesso de aplicações de composites termoplásticos com clientes do setor aeroespacial em todo o mundo.
Produtos termoplásticos a jusante para aplicações aeroespaciais apresentam diversas vantagens para processos de baixo custo e manufatura de peças. O processo de moldagem rápida pode alcançar peças com o acabamento final esperado, utilizando-se produtos intermediários de valor agregado. Este processo é fundamental em aplicações de moldagem por compressão continua ou estampagem para a manufatura rápida de peças, proporcionando custos menores na produção. Aplicações automatizadas e de alta velociade requerem “materiais inteligentes” que podem alcançar exigências estruturais com uma quantidade de trabalho minima ou simplificada
O setor aeroespacial está crescendo muito rapidamente e tem um grande potencial. Nos próximos 20 anos, o crescimento global do tráfego de passageiros é estimado em torno de 4,9%, e um adicional de 38 mil novas aeronaves pode ser necessário (fonte: Airbus). Com este crescimento no número de aeronaves existe também uma grande pressão nas OEM’s e Tier1/Tier 2 para reduzir as emissões de dióxido de carbono e aprimorar a eficiência de custos. Para alcançar esta meta, as OEM’s e Tier1/Tier 2 têm que buscar design inovador e eficientes métodos de fabricação para a redução de peso. Os termoplásticos de alta performance estão se tornando mais e mais relevantes para as aplicações aeroespaciais uma vez que oferecem alta flexibilidade de design e métodos de manufatura eficientes. Com polímeros de alto desempenho algumas das aplicações desafiadoras na indústria aeroespacial podem ser alcançadas. Muitas peças metálicas podem ser eliminadas com o uso de termoplástico mais leve. As soluções termofixas representam desafios em termos de manufatura eficiente e reciclagem. Os materiais termoplásticos podem ajudar a alcançar estes desafios já que proporcionam um tempo muito menor de produção e opções de reciclagem. Uma grande gama de termoplásticos como poliamidas (PA) e poliéter-éter-cetona (PEEK), quando transformados em compostos com fibra de vidro ou fibra de carbono, aumenta a dureza do material e pode ser usado para substituir peças de metal/termofixo. Com diversas possibilidades de compostos (retardante à chama, grades ESD, grades tribológicas, grades dúcteis, etc.), uma solução customizada pode ser desenvolvida com base na especificação da peça. O PEEK pode ser empregado em aplicações interiores ou exteriores de aeronaves. A princiapl vantagem são as altas propriedades mecânicas e resistência à óleos hidráulicos das aeronaves, agentes de limpeza e Jet A1. O PEEK também mostra alta resistência à temperatura e pode ser usado em exigências de até 260 °C.